sexta-feira, fevereiro 24, 2017

Carta do Dia: Nove de Paus


Bom dia!

Véspera de Carnaval na companhia do NOVE DE PAUS.

Eu confesso que depois da carta de ontem, que falou de um tema literalmente pesado, eu queria que hoje, véspera de carnaval a mensagem fosse mais leve e suave.

Mas o Tarot é sincero, ele não varre sujeira para baixo do tapete e nem fica passando a mão na nossa cabeça. É uma ferramenta que busca trazer para nós mais consciência justamente para que possamos aprender a lidar com nossos desafios cotidianos e encontrar saídas em busca de mais equilíbrio e leveza em nossas vidas. Como um bom amigo ele vem através das suas cartas nos alertar sobre comportamentos ou estruturas que precisam ser vistas e transformadas.

Temos que olhar para o Nove de Paus de hoje para poder entender a história que está por trás do Dez de Paus que tiramos ontem. E se ontem falamos sobre coisas mal resolvidas que vamos acumulando, hoje falaremos sobre a rigidez que dá início a todo esse processo.

Para exemplificar isso vou fazer uso de um personagem. Vamos chamá-lo de Sr. Rocha.

O Sr. Rocha é um trabalhador devotado. Ele quer ser um exemplo para todos, então não mede esforços para isso. Ele passa uma imagem de segurança, fortaleza. Aparentemente nada o abala. Ele é determinado e super exigente. Não admite cometer nenhum erro. É um perfeccionista. Se sobrenome faz jus a toda imagem que ele passa.
Ele teve uma infância difícil, sofreu muitas agressões sem que pudesse sequer se queixar. Comeu o pão que o diabo amassou (dificuldades econômicas, fome) e até mesmo agressões físicas, rejeição, críticas, invalidações. Nada veio fácil para o Sr. Rocha.
Com isso ele foi desenvolvendo uma armadura tão forte que, ao mesmo tempo que o protege, também impede que ele consiga expressar qualquer emoção. Mas por debaixo dela mora uma pessoa extremamente vulnerável que carrega feridas profundas e que simplesmente não sabe (porque nunca experimentou) o que é ser amado, protegido, aceito.

Assim como o Sr. Rocha, todos nós passamos por situações doloridas na infância que nos feriram e, para sobreviver a essas experiências, criamos couraças para que nos proteger e sobreviver.

Então você entende no que a sustentação de toda essa rigidez pode se transformar.

Podemos dizer que O Nove de Paus é o Sr. Rocha. O Dez é o Sr. Rocha tendo um depressão, uma estafa ou até mesmo desenvolvendo uma doença crônica.

Então o que fazer quando identificamos a nossa rigidez com relação à vida ou a algum aspecto dela como vimos na história do Sr. Rocha e as consequências que isso pode trazer?

Em primeiro lugar o Nove de Paus traz a sabedoria da busca da nossa Verdade. Ele vem para nos lembrar daquilo que realmente é importante para nós e fala daquela energia que, em vez de ser usada para nos defender, podemos canalizar para coisas que nos trazem satisfação. Através da organização e disciplina (sem rigidez, por favor) podemos arcar com nossas responsabilidades diárias sem deixar de desfrutar daquilo que que nos traz prazer.

Em segundo lugar ele nos alerta sobre essa rigidez da qual falamos e indica que busquemos ajuda na dissolução dessa energia.
Se você se identificou com a história do Sr. Rocha, sugiro que procure uma ajuda especializada, ou seja: comece a trabalhar na quebra dessa armadura. Busque Terapia. Super indico a Reichiana que tem uma abordagem bem direta e eficiente com relação ao que falamos aqui hoje.

Tivemos o Oito de Copas semana passada trazendo à tona essas questões emocionais e isso já ligou um alerta vermelho aqui no nossa egrégora da Roda. São assuntos difíceis que acionam gatilhos fortes.

Não posso ignorar os temas que aparecem nas cartas porque reconheço que são assuntos que são comuns a todos nós e é necessário falar sobre isso.

O Sr. Rocha está por aí. Podemos reconhecer esse personagem como alguém que faz parte do nosso convívio. Seja da nossa família, do nosso trabalho ou mesmo um amigo ou alguém com quem nos relacionamos afetivamente.
Seja lá quem for, o Sr. Rocha é tão humano e vulnerável como todos nós e precisamos ter um olhar de compaixão para com essa criança pura e inocente que está presa nessa armadura e que ainda não sabe como sair dela.
A nós não cabe quebrar essa couraça, mas podemos mostrar à pessoa que vive presa dentro dela tem alguém aqui do lado de fora disponível para acolher, amar, proteger, respeitar o seu tempo e jamais abandoná-la ou rejeitá-la. Basta estarmos presentes em sua vida. E às vezes é só disso que ela precisa. Presença.

Então, meu desejo é que esse carnaval nos traga bastante alegria e que ela nos ajude a entrar em contato com a nossa leveza e com nossos sorrisos.
Vamos relaxar! Seja pulando e liberando essa energia contida em algum bloco ou recarregando a bateria em algum lugar tranquilo onde possamos ficar em paz.

Um ótimo feriado para todos nós!

Nenhum comentário:

Postar um comentário